15/10/2024

Portos do Paraná promove diálogo com homens sobre violência contra a mulher.

A Portos do Paraná se engajou no programa “De Homem para Homem”, que visa ampliar a proteção das mulheres e prevenir crimes contra elas.

A ação faz parte da Operação Mulher Segura, da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR), que agora alcança também os portos de Paranaguá e Antonina. Para isso, a empresa reuniu seus colaboradores homens em uma palestra e ação educativa focada nos direitos das mulheres. A iniciativa foi lançada no mês passado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Vivemos ainda em um ambiente portuário predominantemente masculino, mas as mulheres estão cada vez mais presentes e mostrando sua força. A Portos do Paraná trabalha para garantir igualdade de condições para todos. Essa palestra é mais uma maneira de alertarmos os homens sobre a necessidade de tratar todos com respeito, sem qualquer tipo de violência”, afirmou o diretor Administrativo e Financeiro, Marcos Bonoski.

A Operação Mulher Segura, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública, já atua na repressão de crimes contra mulheres e no suporte às vítimas. O projeto “De Homem para Homem” reforça essas iniciativas, intensificando as medidas preventivas e a conscientização entre aqueles que, muitas vezes, estão na posição de potenciais agressores.

Wesley Moreira de Mello, delegado da Polícia Civil de Paranaguá, destacou que, embora um possível agressor possa não estar presente, os participantes podem compartilhar o que aprenderam com amigos, familiares e colegas de trabalho. “Sempre há alguém que podemos aconselhar, e é nosso papel replicar esse tipo de conteúdo para conscientizar todos sobre a importância de proteger as mulheres”, disse.

As palestras são destinadas exclusivamente aos homens, permitindo que os participantes se sintam à vontade para esclarecer dúvidas e discutir o tema de forma aberta. Durante os encontros, são exibidos vídeos com depoimentos de familiares de vítimas e de condenados por feminicídio, com o objetivo de mostrar o impacto devastador da violência contra as mulheres nas famílias e na sociedade.

De acordo com o cabo Gonçalves, do 9º Batalhão da Polícia Militar e integrante da Patrulha Maria da Penha, o trabalho anterior realizado com mulheres já tem apresentado resultados.

“Percebemos que o trabalho tem dado frutos, especialmente pelo aumento nas solicitações de medidas protetivas. Isso é positivo, pois a violência já existia, mas as mulheres, muitas vezes, não sabiam como buscar ajuda. Com essa ação, elas estão mais encorajadas a se proteger”, analisou.