Em 2024, o Porto de Paranaguá liderou a movimentação nacional de óleo vegetal, frango congelado e fertilizantes. Dados do Comex Stat mostram que as duas primeiras mercadorias foram campeãs de exportação, enquanto os fertilizantes lideraram as importações no porto paranaense.
“Trabalhamos com inteligência logística e investimentos de ponta para suprir a demanda do mercado e alavancar as movimentações portuárias no Paraná”, explicou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No caso dos granéis líquidos, a movimentação do píer público respondeu por 53,3% das operações totais. Em relação à carne de frango congelada, o transporte é realizado em contêineres com controle de temperatura (reefer), em uma área com 5.268 tomadas, que representa o maior pátio reefer da América do Sul.
“Estamos investindo em diversas mercadorias, principalmente naquelas mais demandadas pelo mercado. Atualmente, o Porto de Paranaguá conta com três berços exclusivos para a movimentação de fertilizantes e, quando há disponibilidade na agenda de atracação, outros berços também recebem navios com esse tipo de carga”, destacou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.
Cargas multipropósito
A grande variedade de commodities que passaram pelos portos paranaenses contribuiu para a liderança nacional nesses segmentos e para o novo recorde de movimentação em 2024. Das 66.769.001 toneladas exportadas e importadas por Paranaguá e Antonina, grande parte foi composta por açúcar, fertilizantes, cereais e contêineres.
“Os portos paranaenses são corredores multipropósito, o que garante uma operação constante e evita quedas de produtividade ao longo do ano”, pontuou Garcia. A possibilidade de atuar com produtos de vários segmentos compensou, por exemplo, a redução no embarque de soja e milho, ocasionada, entre outros fatores, pelos preços internacionais pouco atrativos para o setor produtivo.
Ainda assim, os cereais mantiveram seu protagonismo. O trigo e a cevada responderam por um crescimento de 76% na movimentação de grãos em relação ao período anterior. O market share de importação da cevada, por exemplo, ultrapassou 40%. Em relação a 2023, a movimentação de cevada no Porto de Paranaguá cresceu 168%, enquanto a do trigo aumentou 157%.
Como corredor exportador, a Portos do Paraná foi responsável pela saída de 6.412.716 toneladas de açúcar a granel, representando um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. Já o açúcar ensacado alcançou 846.305 toneladas, um aumento de 43% em relação a 2023.
Por fim, também se destacaram as cargas transportadas por contêineres, com um aumento de 19% nas exportações, lideradas pela movimentação de carnes de aves congeladas, e um crescimento de 35% nas importações, com destaque para plásticos e outros produtos.
Estrutura e investimentos
A atual infraestrutura dos portos paranaenses e os investimentos constantes permitem uma operação diversificada, mantendo o fluxo de cargas ao longo do ano, diferentemente do que ocorria no passado.
“Trabalhamos com uma estratégia logística de alta produtividade e com grandes investimentos. Em 2024, foram mais de R$ 185 milhões destinados a infraestrutura, manutenção de equipamentos e novas obras”, ressaltou Garcia.
Ao todo, foram registradas 2.724 atracações em Paranaguá e Antonina ao longo de 2024, um aumento de 4% em relação a 2023, quando 2.620 embarcações passaram pelos berços de atracação. Outro número que impressiona é o de vagões: 278.353 unidades acessaram os portos paranaenses, contra 275.720 no ano anterior. Já no pátio de triagem, foram registrados 392.214 caminhões.
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