Prefeito e vice mostraram instalações deterioradas e sinalizaram que reforma pode vir de parceria com o Governo do Estado. Licitação deve ser aberta em 90 dias.
Interditado pela Prefeitura de Paranaguá após vistorias técnicas realizadas pela Secretaria de Obras Públicas, o Teatro Municipal Rachel Costa (Rua XV de Novembro, 87, Centro Histórico) teve na tarde desta quinta a visita do prefeito Adriano Ramos e da vice-prefeita Fabiana Parro.
A recuperação pode demorar. O prefeito adiantou que vai buscar parcerias junto ao Governo do Estado e que uma licitação deve ser aberta em 90 dias.
Sob responsabilidade da Secretaria de Cultura e Turismo, nesse momento o local não possui as mínimas condições de receber eventos ou espetáculos devido a diversos problemas estruturais provocados pela falta de zeladoria nos últimos anos. Há goteiras em várias alas do prédio, incluindo as salas de acesso, o auditório, coxias e áreas destinadas a guardar figurinos e materiais de iluminação.
Para evitar alagamentos e mais danos, servidores públicos utilizam vários baldes para aparar a água que cai do telhado. As instalações sofrem também com muito mofo provocado por infiltrações. Há um cheiro forte e desagradável no ambiente, além de infestação por pombos e ratos. É visível ainda o descolamento de parte do forro e até do teto que, em alguns pontos, corre risco de desabamento.
A energia elétrica teve que ser desligada para evitar risco de incêndios que poderiam ser provocados por curto circuitos. No local há materiais plásticos como lonas e muita espuma utilizada no isolamento acústico.
“Ouvimos relatos de servidores ainda no ano passado. Não houve nenhuma providência da gestão anterior para recuperar nem o prédio, nem as instalações”, disse o prefeito. Numa comparação ilustrativa, completou: “parece que os vampiros da política estiveram aqui”.
Na quarta (15) a vice-prefeita Fabiana Parro – que também participou da visita nesta quinta (16) – já havia ido conferir o abandono do teatro, acompanhada pelo secretário de Cultura e Turismo, Ivan Lapolli Filho. Ela disse que ficou horrorizada com o que viu. “Um verdadeiro descaso com o patrimônio público e histórico do município. Tudo abandonado, uma tristeza, um prédio maravilhoso com tanta história nesse estado de abandono. Sofre a cidade de Paranaguá, sofre a história do Paraná”, lamentou.
RECUPERAÇÃO: Ao falar sobre os próximos passos para recuperar o teatro, o prefeito disse vai pensar daqui para frente e fazer gestão para resolver esse e outros problemas da cidade. “Quem não cuidou daquilo que tinha que cuidar é passado.
Temos informações que aconteceram atividades aqui nessas condições. Temos que ter muita responsabilidade com o que é público e proteger as pessoas. Por conta desse cuidado é que o teatro foi interditado.
Assim como não cuidaram do teatro, não cuidaram da cidade”, disse Adriano Ramos, reforçando que vai buscar parcerias com o Governo do Estado para captar recursos e recuperar o local.
Sobre atividades que podem não ocorrer devido à interdição do teatro, o prefeito entende que não há outro local do mesmo porte e que alguns eventos devem ser transferidos enquanto a Prefeitura busca soluções. “O principal é proteger as pessoas já que um local como esse, assim como está, pode até desabar”, concluiu.
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