A vila de Guaraqueçaba progredia, no continente. As duas primeiras décadas do século XX foi o período da maior prosperidade em Guaraqueçaba, quando navios carregados de banana e madeira faziam linhas até Argentina e Paraguai. Nessa época, agricultores paulistas, em busca de terras férteis e baratas, criam as comunidades de Pedra Chata e Batuva.
Mas, a crise da economia capitalista, de amplitude mundial, ocorrida em 1929, causa reflexos também na região, causando dificuldades na economia agrícola, uma vez que era quase que totalmente voltada à exportação. Na década de 40, alemães fugindo dos reflexos da 2ª guerra mundial, chegam a Serra Negra e Rio Bananal, instalando-se nessa região.
As comunidades de Rio Verde e Rio Guaraqueçaba funcionavam como intermediárias à comercialização da banana, originária da comunidade do Batuva, rio acima.
Nos anos 50, instalaram-se as primeiras fábricas de palmito e muitos agricultores migraram para o corte de palmito, diminuindo assim, o uso de parcelas de terra para agricultura. Com a abertura da rodovia ligando Guaraqueçaba a Antonina, a PR-405 (denominada Rodovia Deputado Miguel Bufara, de acordo com a Lei Estadual 7.198 de 13/09/1979) única via de acesso terrestre à região, um novo processo de ocupação foi iniciada.
O governo federal liberou créditos subsidiados e reduziu impostos para quem quisesse cultivar café, palmito e criar búfalos. Assim, muitos abriram suas áreas, venderam as madeiras, introduziram o búfalo (que degradou as florestas de planície) e não produziram, nem manejaram o café e o palmito.
Somente nos anos 80 reconheceu-se que o estímulo dado às atividades agrícolas convencionais sem fiscalização, acarretou a degradação e a acelerada descaracterização ambiental da região, assim como o empobrecimento gradual da população que ali morava, secularmente.
A partir de então, valorizou-se a região de Guaraqueçaba, procurando resguardá-la do uso indiscriminado e intensivo, criando-se algumas Unidades de Conservação, na intenção de disciplinar e orientar as atividades e valorizar o patrimônio natural existente.
Com quase 500 anos de colonização, Guaraqueçaba mostra uma mistura de hábitos e tradições de índios, portugueses, negros e europeus de diversas áreas. Como resultado, uma cultura rica e diferenciada em relação às de outros lugares do Brasil.
Através da história oral, lendas, músicas, danças, artesanato e hábitos alimentares, gerando grande variedade cultural que deve ser resgatada e transmitida às futuras gerações.
FONTE: Atlas Ambiental da APA de Guaraqueçaba
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